domingo, 30 de dezembro de 2012

Retrospectiva Apocalíptica


É, mais um ano que se vai e sem dúvida deixará saudades. Todos tiveram seus momentos tristes e felizes e, afinal, essa é a vida. Assim foi com Os Apocalípticos.
Após 6 meses de vida já temos muito o que contar. Tivemos muitos momentos marcantes que ficarão gravados em nossa memória. Por isso, fizemos a nossa Retrospectiva 2012 com várias matérias dos acontecimentos que cobrimos.
Desde já, desejamos um feliz 2013 e que possamos passar muitos anos ao lado de vocês, leitores, que foram tão importantes nesse ano que vai acabando.
Assistam à nossa Retrospectiva Apocalíptica. E lembrem-se: Até o mundo acabar, temos muito o que mostrar!



Texto e edição de vídeo de  Fábia Sepêda

sábado, 22 de dezembro de 2012

Os Apocalípticos: O mundo não acabou, e agora?



O mundo não acabou! Nada de zumbis, chuva de meteoros ou invasão alienígena. É, acho que você já sabe disso. E nós, os Apocalípticos, ficamos nos perguntando: o que será do blog daqui para frente? Afinal, todo o nosso conceito e até a nossa marca foram inspirados na profecia furada maia. Bem, chegamos à conclusão de que não existe um fim. Tudo faz parte de um gigantesco ciclo e a única certeza dessa vida é que sempre haverá um novo começo. Ainda bem, né? O importante é que ainda tem muita estrada pela frente, o apocalipse não chegou e o tempo não para, como já dizia o Cazuza. Um novo ano está quase chegando e vamos entrar nele com novas ideias, novos projetos, novas tentativas, "novo tudo", mas com a mesma vontade de produzir conteúdo para web e sair por aí atrás de notícias, curiosidades e tudo o que esse mundo – ou pelo menos a nossa Belemzinha – tem para nos oferecer. 

E é nesse clima de mudança e recomeço que apresentamos a nossa nova marca! Bem mais simples e leve, assim como será a nossa linguagem daqui para frente. Esperamos que você, queridíssimo leitor, continue nos acompanhando, curtindo e compartilhando, pois é por sua causa que chegamos até aqui. Desejamos antecipadamente um 2013 de muito sucesso e menos profecias malucas. Entre nessa mudança com a gente e faça tudo diferente e melhor neste novo ano! 

Ah!... E não se esqueça: Até o mundo acabar, temos muito o que mostrar!
Texto de Newton Corrêa
Edição Leonidas Dias

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

12 best sellers para ler antes do fim do mundo


                                                                                          Ilustração: Newton Corrêa

Fim do mundo cada vez mais perto e você aí listando tudo que deveria ter feito e não fez. Bom, Os Apocalípticos resolveram ajudar você nessa lista e selecionaram os 12 best sellers dos últimos doze anos que você deve ler antes do fim dos tempos.

1. A Menina que Roubava Livros – Markus Zusak
A Menina que Roubava Livros mostra a história de Liesel Memimger, uma criança extremamente pobre que tem como refúgio os livros que rouba. Em plena era nazista, o livro mostra o cotidiano da Alemanha nos anos 40: as sirenes que indicavam ataques inimigos, a juventude hitlerista, a segregação de parte da população e toda a miséria que ali existia. E mesmo com todos os detalhes interessantes, o mais curioso do livro é seu narrador: a própria Morte, que tem estado extremamente ocupada e, depois de esbarrar com Liesel três vezes sem conseguir levá-la, decidiu contar a história dessa pequena ladra que encontrou na leitura uma fuga.

2. Anjos & Demônios – Dan Brown
Depois de causar muito burburinhos com O Código Da Vinci, Dan Brown não perde o costume de ser polêmico e retorna com Anjos & Demônios.
Nesse livro, lemos a primeira aventura no campo da investigação de Robert Langdon (protagonista de O Código Da Vinci). Quando um físico do CERN é encontrado assassinado com um ambigrama (símbolos que podem ser lidos tanto de cabeça pra cima quanto pra baixo) dos Illuminati no peito, o professor de iconologia Robert Langdon é chamado para investigar. A coisa piora quando uma cápsula de antimatéria, experimento altamente perigoso desenvolvido pelo CERN, foi roubado. Assim, Robert e Vittoria, filha do físico assassinado, têm 24 horas para encontrar a cápsula antes que ela saia do controle e cause uma explosão massiva, destruindo todo o Vaticano.
Os elementos típicos de Brown estão todos aqui: enigmas, história, ação, mistérios e um embate de Ciência versus Religião que permeia toda a trama. O livro já até virou filme, mas a obra, dita a melhor de Brown, merece ser conferida de antemão.

      3. As Vantagens de ser Invisível – Stephen Chbosky
          É o primeiro livro do roteirista americano Stephen Chbosky. Aclamado pela crítica, As Vantagens de ser Invisível mostra, por meio de cartas, a vida de Charlie, um jovem de 15 anos que lida com as dificuldades de ser adolescente. O romance chegou a ser banido de algumas bibliotecas de escolas americanas por falar de temas como consumo de drogas, as primeiras experiências sexuais, homossexualidade, suicídio, estupro e aborto. Apesar de abordar assuntos considerados pesados e polêmicos, o livro os mostra de uma maneira simples (que às vezes beira a ingenuidade, assim como Charlie) e nos faz pensar: Qual é o verdadeiro significado de ser jovem?
Mas não se iluda, o livro guarda verdadeiras lições e ao terminar de lê-lo você vai sentir uma extrema vontade de... “participar”.

4. A Guerra dos Tronos – George R.R. Martin
A Guerra dos Tronos se passa em Westeros, um continente fictício, mas é recheado de nuances e personagens extremamente realistas.
Como o próprio título diz, a história é sobre a disputa pelo Trono de Ferro e com ele o domínio dos Sete Reinos. Várias personagens, das mais diversas regiões, veem-se envolvidas nesse jogo. Os Stark, do norte, onde o inverno dura anos, quando seu patriarca vira a Mão direita do Rei. Os Lannister, grandiosos, ricos e maquiavélicos que guardam os segredos mais profundos da realeza. Os Targaeryan que estão ao longe, do outro do lado do oceano, tentando reunir um exército para retomar seu lugar de direito, entre outros. O livro é de fantasia, mas não se engane, a magia aqui é um mero detalhe, um elemento trabalhado de forma tão sutil que até esquecemos sua existência, até ela se apresentar de forma imponente e surpreendente.
Não se apegue aos personagens, é outro conselho que lhe dou. Como na vida real, as mortes são repentinas e por vezes revoltantes, mas isso só deixa a trama ainda mais interessante. Com uma narrativa envolvente, que trabalha pontos de vista diferentes, A Guerra dos Tronos, assim como todas suas sequências, é um título indispensável na estante de qualquer um.
Ah, e para os desavisados, a série está sendo adaptada para uma série de TV, Game of Thrones, desde 2011, pelo canal americano HBO.

5. A Mediadora - Crepúsculo – Meg Cabot
Escrito pela rainha das adolescentes, Meg Cabot, a série A Mediadora conta a história de Suzannah, uma garota no colegial aparentemente normal, a não ser pelo fato de conseguir ver, falar (e tocar) em fantasmas, e ainda ter como missão fazer com que os tais espíritos consigam ir para um lugar melhor. Tudo já parece bem complicado até aí, mas não existe nada que não possa ficar pior: Suzannah acaba se apaixonando por Jesse, o fantasma bonitão que assombra seu quarto. E no sexto e último livro da saga, Crepúsculo, a menina tem que enfrentar o maior dilema de sua vida: deixar que Jesse sobreviva, mesmo que isso signifique que ele nunca irá conhecê-la, ou ser egoísta e fazer com que ele continue ao seu lado como fantasma.
Tudo isso é narrado da maneira típica de Cabot, bem humorado, divertido e com sacadas geniais. Não é à toa que seus livros arrastam milhões de meninas às livrarias e as fazem suspirar, encantadas seja por advogados, vampiros ou fantasmas latino-americanos.

6. Contos de Meigan – A Fúria dos Cártagos – Roberta Spindler e Oriana Comesanha
Recém-lançado, Contos de Meigan é bombardeado por boas críticas. Chegando a ser comparadas a Senhor dos Anéis e Guerra dos Tronos, essas duas paraenses — isso mesmo, PARAENSES, daqui, de Belém — se firmam na Literatura Nacional como mestras no que fazem.
Escrevem, como uma só, uma história repleta de magia, batalhas, segredos e mistérios, com direito a mundos paralelos e guerreiros com poderes elementares. No livro, acompanhamos Maya que, após três anos na Terra, está retornando para seu mundo de origem, Meigan. Mas ao chegar ao portal ela se vê no meio de uma batalha entre magis, habitantes de Meigan, e os Cártagos, traidores que há muito foram expulsos de lá. A garota segue então uma jornada em busca de sua mãe e de seu propósito em meio a essa guerra. Apesar de grosso, o livro é de uma leitura rápida e prazerosa, além de ter um final extremamente surpreendente. Vale a pena conferir e esperar pelas sequências, afinal, ele é apenas o primeiro de uma trilogia.

7. Harry Potter e as Relíquias da Morte – J.K. Rowling
Claro que não poderia ficar de fora dessa lista uma das séries mais vendidas da história. E para representá-la, as Relíquias da Morte, o último e melhor livro de Harry Potter.
Nesse desfecho, o bruxo órfão que conquistou milhões de fãs no mundo inteiro se prepara para guerra. O mundo mágico está em caos. Voldemort e seus seguidores estão cada vez mais perto de tomarem o Ministério da Magia. Quando isso ocorrer, não haverá lugar seguro para nascidos-trouxas ou qualquer bruxo que se opor à crueldade do novo governo. Muito menos para Harry, o Indesejável Nº 1, o bruxo mais caçado da atualidade.
Enquanto foge e tenta se esconder, ao lado de Rony e Hermione, Harry está em busca das horcurxes, objetos que ele deve destruir se quiser derrotar Você-Sabe-Quem. A jornada do trio é dura. Longe dos muros da escola e dos cuidados dos professores, eles lutam pela sobrevivência, enquanto seguem as pistas que encontram. Os bruxos que eles encontrarão pelo caminho não serão nada gentis, mas nem Gringotes será páreo para esses três em sua missão. O livro acaba com uma guerra de tirar o fôlego, lutas incríveis e revelações inacreditáveis que fazem a série inteira fazer sentido. Muitas mortes ocorrem, dos dois lados, e Harry é a chave para resolução de tudo, mas não da forma que se espera.
Um final e tanto, mais do que merecedor dessa série de grande sucesso que explora o amor, amizade, o preconceito e a sede de poder de uma maneira supercriativa.

8. Jogos Vorazes – Suzanne Collins
Recentemente adaptada para o cinema, a série Jogos Vorazes já vem sendo uma febre muito antes disso. A trilogia, cujo primeiro volume foi lançado no Brasil em 2010, não para nas prateleiras e o sucesso só aumentou com o lançamento do filme.
Em uma América do Norte pós-apocalíptica, existe uma sociedade dividida entre uma Capital e 12 distritos. Com um governo totalitário, esses distritos trabalham e vivem em plena pobreza para sustentar a Capital.  Além disso, como forma de consolidar esse poder, a Capital promove um evento anual chamado Jogos Vorazes, onde 24 jovens, dois de cada distrito, são sorteados para se enfrentar até morte em uma arena cheia de perigos.
Aí que entra nossa protagonista, Katniss Everdeen, que vive no distrito mais pobre de todos e cuida sozinha de sua mãe e irmã. Ela se voluntaria para tomar o lugar da irmã na arena quando esta foi sorteada. Com uma crítica social muito forte, vemos Katniss não só lutar pela sua sobrevivência, mas se envolver em um jogo que vai muito além dos limites da arena.
Num mundo onde a violência é entretenimento, onde governos impõem suas vontades e pessoas vivem de futilidades enquanto outras passam fome (familiar?), torcemos pelo romance, amizade, solidariedade e outros bens da humanidade.

9. Millennium I – Os Homens que Não Amavam as Mulheres – Stieg Larsson
Do autor sueco Stieg Larsson, jornalista e um dos maiores ativistas políticos que a Suécia já teve, denunciante de organizações neofacistas e racistas. A trilogia Millennium conta a história de dois personagens bem diferentes: Mikael Blomkvist, jornalista e coproprietário da revista Millennium que é condenado por difamação contra uma influente personalidade sueca, e Lisbeth Salander, jovem hacker que vive sob custódia do governo - há rumores de que o livro seria dedicado à verdadeira Lisbeth, uma menina que foi vítima de estupro coletivo, o qual Stieg Larsson, com 15 anos, presenciou e ficou marcado para o resto da vida.
As vidas de Lisbeth e Mikael se entrelaçam, quando têm que investigar juntos um desaparecimento seguido de assassinato, que ocorreu há mais de quarenta anos e que não obteve nenhuma conclusão por parte da polícia.
Comparado a O Nome da Rosa, chega a ser vulgar tentar descrever o livro em apenas um parágrafo. Narrado em uma linguagem objetiva (tipicamente jornalística), é difícil absorver todas as informações que Larsson te dá em apenas algumas linhas, é preciso voltar, analisar, ler o mapa da cidade novamente, olhar mais uma vez a árvore genealógica da complicada família Vanger...  E perceber que tudo pode estar relacionado.
A trilogia policial fica completa com A Menina que Brincava com Fogo e A Rainha do Castelo de Ar.

10. O Menino do Pijama Listrado – Jonh Boyne
O best seller mostra a história da amizade de Bruno, de 8 anos, filho de um comandante nazista; e Shmuel, menino judeu que mora em uma fazenda (lugar que Bruno ingenuamente chama de campo de concentração) perto de sua casa na Alemanha Nazista. Mais do que uma emocionante história, que foi incrivelmente escrita em dois dias, O Menino do Pijama Listrado mostra com uma linguagem inocente, como a de uma criança, que a intolerância, ódio e racismo são típicos da mente corrompida dos adultos.

11. Os Sete – André Vianco
Você pode até pensar, “ai, meu deus, mais um livro de vampiros”, mas Os Sete foi escrito muito antes desse assunto virar moda e é, de longe, um dos melhores livros sobre o tema.
Na história, um grupo de mergulhadores encontra uma caravela portuguesa naufragada no litoral do Rio Grande do Sul. Com a ajuda de uma universidade, eles recuperam a embarcação e acabam encontrando uma caixa prateada com uma mensagem de que não poderia ser aberta de forma alguma. O que não adianta de nada, claro. Sete corpos são encontrados e, por acidente, acabam... Despertando!
Os vampiros de André Vianco são da moda antiga. Água-benta, alho, estacas e, claro, bebem sangue. Além de possuírem poderes sobrenaturais como o Inverno, que controla o frio, e o Lobo, que se transforma em um. Também não espere gentileza desses seres.
Como pontos fortes da história, não podem deixar de ser destacados a narrativa repleta de ação e o cenário extremamente brasileiro. Podemos ver as ruas, as cidades, como se fossem as nossas. A impressão de que ao virar a esquina você vai dar de cara com Inverno. Sem esquecer esse grupo de vampiros do século passado descobrindo um mundo cheio de tecnologia e coisas que não entendem, o que é, por muitas vezes, hilário!

12. Querido John – Nicholas Sparks
Do americano Nicholas Sparks, Querido John é mais um dos 18 romances do autor, que já vendeu mais de 55 milhões livros em todo o mundo. Nesta obra, Sparks conta a história do casal John Tyree e Savannah Lynn Curtis, que se conhecem em uma das licenças militares do rapaz. Rapidamente o amor dos dois cresce e Savannah jura a John que irá esperar por sua volta do serviço militar. Mas o que ninguém esperava aconteceu: o Atentado de 11 de Setembro. Então John se vê entre cumprir seu dever militar, e partir para a guerra, ou ficar com Savannah. Com belíssimas cartas de amolecer os corações mais duros, Querido John encanta ao mostrar como o verdadeiro amor pode mudar vidas.

Pronto, agora é escolher um desses e esperar o fim do mundo feliz. Não? Claro que esses são apenas alguns dos vários best sellers de ótima qualidade que circulam por aí, você tem algum outro em mente? Nós gostaríamos de saber.

Texto de Arthur Medeiros e Juliana Theodoro

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Cristãos e o Apocalipse

  O IBGE divulgou os dados do censo 2010 e revelou que 86% dos brasileiros são cristãos. Destes, 64,6% são católicos e 22,2% são evangélicos. E uma pesquisa feita para a agência de notícias Reuters revelou que o Brasil é o 3º país onde mais se crê em Deus; 84% dos brasileiros afirmaram acreditar em Deus ou em um ser supremo. A Indonésia ficou em primeiro lugar e a Turquia em segundo.
     Em período de especulações sobre fim do mundo, uma questão é levantada: O fim dos tempos na visão dos cristãos está próximo? Será mesmo que Deus vai voltar para julgar a humanidade e destruir a terra em que vivemos? Ou tudo isso não passa de uma grande besteira?
     Religiosos estão usando a bíblia como argumento para afirmar que o fim do mundo está próximo e que vivemos os últimos tempos aqui na Terra. Estão dizendo também que sinais como guerras, violência, terremotos e furacões são prenúncios de que estamos próximos demais do Apocalipse.
     Pensando nisso, nós, Os Apocalípticos, fomos saber o que as pessoas pensam disso e o que os próprios líderes das Igrejas Católica e Protestante têm a dizer sobre este assunto tão polêmico e que instiga tantas pessoas.
 Assista-nos e tire suas próprias conclusões:



Texto de Felipe Matheus

sábado, 15 de dezembro de 2012

Cultura indígena: muito diferente de 1500


Foto: Felipe Matheus.

            O Grupo de Estudos e Pesquisas em Cultura do Corpo, Educação, Arte e Lazer (LACOR), da Faculdade de Educação Física, em parceria com a Associação de Estudantes Indígenas da UFPA (APYEUFPA) realizaram nesta sexta feira, 14, a terceira edição do Ciclo de Oficinas sobre Práticas Corporais Indígenas, com o tema “Jogos Indígenas”. O evento promovido pela Universidade Federal do Pará foi realizado no Ginásio de Esportes da UFPA e contou com a participação de alunos indígenas de várias etnias, que a partir de suas experiências vinculadas aos jogos e brincadeiras, mostraram a importância da valorização da cultura indígena e da troca de conhecimentos.
              “Um dos objetivos centrais é tanto conhecer quanto valorizar a cultura indígena a partir das práticas corporais que são realizadas tradicionalmente em cada etnia, tendo como fio condutor três grandes categorias: a história, o sentido e o significado dessas práticas corporais dentro de cada etnia compreendendo esse processo como algo tradicional, como algo histórico que requer essa importância e valorização da tradição indígena e da cultura indígena”. Afirma a professora, Conceição Santos, coordenadora do projeto.
            Os participantes aprenderam a dançar, a jogar e a confeccionar petecas, dentre outras atividades ministradas durante as oficinas. Segundo o presidente da Associação de Estudantes Indígenas da UFPA, Edmar Fernandes “é importante nós estarmos trazendo de nossas comunidades, de nossas aldeias esse novo conhecimento para a universidade. Essa troca é extremamente importante porque nós podemos divulgar e falar para essas pessoas, para esses alunos de diversos cursos, como é que a gente vive em nossas aldeias”.
              A importância do evento vai além da simples troca de conhecimentos, ao passo que os participantes aprendiam e se divertiam com os jogos e brincadeiras. Era possível, também, ouvir histórias de vivências dessas etnias através da troca de diálogos. Um dos objetivos mais fortes era a tentativa de desmistificar a visão que a sociedade tem do que é ser um índio. “Através dessa troca de diálogos a gente consegue sensibilizar as pessoas para a causa indígena e elas também conseguem divulgar os nossos povos, a nossa cultura a nossa tradição, desmistificando essa visão etnocêntrica e desatualizada da sociedade sobre o que são os povos indígenas hoje. Não precisamos estar trajados, caracterizados, nus ou pintados para sermos indígenas, por que os povos indígenas hoje estão em um momento diferente do que estavam em 1500, nós nos adaptamos assim como a sociedade não indígena” diz Edmar que é da comunidade Caingangue.
              A Associação dos Estudantes Indígenas da UFPA completou um ano no dia 5 de dezembro, nesse período já obteve diversos avanços e conquistas. No início do ano foi realizada a primeira semana do calouro indígena. Foram feitas, também, caravanas para a divulgação do vestibular indígena nas aldeias, onde mais de sete aldeias foram visitadas, além de palestras, participações e apoio a diversos eventos na universidade e em outras instituições, “são ações de cunho político que tem como objetivo a promoção de nossos direitos enquanto indígenas estudantes e também os direitos de nossas comunidades, hoje nós somos mais de 25 indígenas na UFPA de Belém” frisa o presidente da Associação.
             O ciclo de oficinas e suas ações têm fortalecido tanto as atividades acadêmicas dos alunos indígenas integrantes da APYEUFPA, quanto suas atividades em comunidade: “É importante ressaltar a importância dessas atividades para nossas comunidades, porque antes de sermos alunos, nós somos primeiro indígenas. E é por isso que nós somos indígenas estudantes, e não estudantes indígenas. Nós não estamos aqui por iniciativas individuais, nós estamos aqui a partir de uma vontade de uma comunidade que nos indicou para estar aqui. Se eu escolho um curso de medicina é por que a minha comunidade esta precisando de um médico, se eu escolho um curso de enfermagem é por que estão precisando de um enfermeiro na aldeia”, ressalta Edmar.
           Além disso, Edmar explica que eles são cobrados por suas comunidades sobre o que fazem dentro da universidade, se tem vergonha de mostrar a cultura ou de andar pintados, por exemplo, “e nós podemos responder que não, pois na universidade nós damos oficinas sobre a pintura indígenas, falamos sobre as práticas corporais, falamos sobre os jogos, fazemos brincadeiras. Então tudo isso é importante pra nós e é importante para eles, por que nós aqui representamos povos, nós somos em vários povos” assegura Edmar, comentando sobre as duas primeiras edições do projeto que tiveram as temáticas ligadas à pintura e as práticas corporais indígenas.
           Jogos, danças e brincadeiras são exercícios comuns em todas as comunidades, sejam elas indígenas ou não, que podem ir muito além do corpo e da diversão, transfigurando-se no reconhecimento de culturas tão importantes como a cultura indígena, que está quase esquecida ou erroneamente mitificada.

                                                                                            Texto: Beatriz Santos
                                                                                            Revisão: Laís Cardoso
                                                                                            Edição: Emanuele Corrêa

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

12 lugares para conhecer pelo Google Earth antes do fim do mundo


Ilustração Newton Corrêa

Fim de ano, fim de mundo... Sabe como é, né? Só gastos! E é pensando nisso que Os Apocalípticos trazem a solução dos problemas para os pobres de plantão. Com a nossa ajuda, você pode visitar 12 lugares no mundo todo, sem gastar nada - além do seu tempo - e com uma visão privilegiada!

Sendo assim, prepare a sua cadeira, vá ao banheiro, tome água - não necessariamente nessa ordem - porque a viagem vai ser psicodélica.

Por onde começo?
Para seu maior conforto, aconselhamos a você que esteja com o seu Google Earth atualizado; caso não possua um, faça o download gratuitamente na internet, de preferência no site oficial (não nos responsabilizamos por vírus).

OMG, o que faço agora!?
Instalou? Agora abra o aplicativo. Mas antes de começar a sua viagem, vá até o quadro Camadas que está localizado no canto inferior da sua tela, ao lado esquerdo, e certifique-se de que as opções Limites de marcadores, Lugares, Fotos, Construções 3D e Galeria estejam marcados. Caso não estejam, marque-os.
Agora sim, você está pronto para visitar os 12 lugares selecionados por Os Apocalípticos para conhecer antes do fim do mundo. Ao lado esquerdo da sua tela, no canto superior, haverá um espaço para pesquisa. Para uma viagem mais rápida, utilize os nomes que darei entre parênteses. Ah, e fique atento para esse símbolo: 
 Clicar nele permitirá a você uma melhor visualização do lugar.

1. Bora Bora (Pesquisar: Bora Bora, Leeward Islands, Polonésia Francesa)
Se você é do tipo que fica imaginando mil e um lugares onde possa passar a lua de mel, tendo um noivo ou não, esse lugar se chama Bora Bora. A ilha está localizada no Oceano Pacifico e é um verdadeiro paraíso. Com águas calmas e de um maravilhoso azul, Bora Bora é um dos principais destinos dos recém-casados. Durante a viagem, você perceberá que vários símbolos que eu mostrei mais acima, estarão aparecendo na sua tela na medida em que a ilha se aproxima. Escolha um e se surpreenda com uma belíssima imagem panorâmica, na qual será possível observar o local com maior riqueza de detalhes.

2. Veneza (Veneza, Itália)
Ah... Veneza! Sem dúvida é uma das cidades mais incríveis do mundo. Ao clicar no botão pesquisar, você vai entender do que eu estou falando. É de tirar o fôlego!
Com a tecnologia do programa, você tem a possibilidade de ver construções em 3D, além de MUITAS imagens panorâmicas disponíveis ao longo do Grande Canal e da cidade como um todo. A água é tão verde que dá até vontade de se jogar. Mas calma! O Google Earth não possui essa tecnologia... ainda.
Segundo estudos, estima-se que até 2100, Veneza será uma cidade submersa. E daí você pode pensar: "Ah, o ano ainda está um pouco longe, então eu tenho bastante tempo para conhecer, certo?" Errado. Nunca se sabe quando o mundo pode acabar. Então, aproveita logo a cidade enquanto ela está aí.

3. Times Square (Times Square, Nova Iorque, Estados Unidos)
Vamos SUPOR que o mundo não acabe e que o ano novo chegue. Bem, então qual a primeira coisa que vem a sua cabeça quando pensa nas palavras Ano Novo + Nova Iorque? Se a sua resposta foi Times Square, considere-se uma pessoa normal.
Além de um aglomerado de pessoas que se reúnem para assistir a chegada do ano, ver uma bola descer e beijar umas às outras (pelo menos foi isso que vi em um filme), no resto do ano as ruas são super movimentadas. Isso porque é um dos lugares mais famosos de Nova Iorque. Na Times Square, você encontra uma das maiores concentrações da indústria do entretenimento no mundo. Além de poder encontrar os famosos espetáculos da Broadway.
Mas a melhor parte ainda está por vir. No canto direito da sua tela, você encontrará a figura de um boneco laranja. Arraste-o até algum ponto da Times Square e você têm a possibilidade de fazer um tour pelas ruas.
Mas não demore muito. Ainda nos restam muitas cidades para visitar e o mundo não vai esperar por você para acabar!

4. Grand Canyon (Grand Canyon National Park Headquarters, Grand Canyon Village, Arizona, Estados Unidos)
Aproveitando que já estamos nos Estados Unidos, que tal dar uma passada pelo Grand Canyon?
O parque nacional está localizado no estado do Arizona e é considerado uma das sete maravilhas naturais do mundo, o que já é motivo suficiente para visitar.
Todos os anos, o local recebe milhares de turistas. Cada canyon pode passar de 1 km de profundidade, por isso, cuidado por onde anda! Não queremos nenhum tipo de acidente durante a nossa viagem.

5. Cancún (Cancún, México)
Com certeza você já ouviu falar da beleza desse lugar. Famosas pelas praias banhadas pelo Mar Caribe e pela natureza inigualável, é um dos principais destinos de turistas ricos do mundo.
Lembra daquele bonequinho que eu pedi para você arrastar até a rua na Times Square? Pois é, aqui você também pode fazer isso. Pelo Google Earth é possível usar o aplicativo street view para conhecer as ruas a partir de imagens reais. É um excelente recurso. Você realmente se sente na cidade.

6. Pirâmides de Giza (Great Pyramid of Giza, Egito)
Quem nunca ouviu as histórias de faraós durantes as aulas de história? Hoje você terá a chance de conhecê-las de perto, antes que o fim do mundo destrua tudo.
Construída por Quéops, o mais rico dos faraós e também uma das sete maravilhas do mundo antigo, a Pirâmide de Giza é uma das mais conhecidas.
Se as pirâmides do Egito estavam na sua lista de "lugares para visitar no mundo antes de morrer", agora o seu desejo está realizado. Aproveite os recursos disponíveis no Google para explorá-la melhor!

7. Fernando de Noronha (Fernando de Noronha, Pernambuco)
Você nem precisa ir para tão longe quando tem Fernando de Noronha no país em que mora. O arquipélago fica há 545 km de distância de Recife e conhecê-lo é um sonho para muitas pessoas. Através das imagens panorâmicas, é possível ter noção da beleza que essa pequena parte do Brasil possui. Com um turismo sustentável e uma fauna riquíssima, é de causar inveja ao resto do país.
É tão bonito, que o mundo pode estar acabando e Fernando de Noronha continuará a ser lindo.

8. Machu Picchu (Machu Picchu, Cuzco, Peru)
Opa, Cuidado para não cair! A cidade perdida do império Inca está localizada no topo de uma montanha a mais de 2000 metros de altitude. Essa é para quem não tem medo de altura.
Conhecer Machu Picchu é, sem dúvida, uma experiência única! Para quem se lembra daquelas aulas de história, vai entender porque essa cidade é tão fascinante. Os Incas tinham grandes habilidades com a agricultura, o que era um dos motivos de possuírem uma cidade no topo de uma montanha.
Não perca essa oportunidade e explore a cidade o máximo possível.

9. Taj Mahal (Taj Mahal, Agra, Uttar Pradesh, Índia)
Essa é de causar inveja a qualquer mulher apaixonada. O Taj Mahal foi construído pelo imperador Shah Jahan em homenagem a sua mulher preferida, que morreu após dar à luz ao seu 14º filho (não era à toa que ela era a preferida). O monumento de mármore foi construído em cima do túmulo da esposa e é considerado por muitos como a maior prova de amor que existe. Por isso, quer saber se seu namorado te ama? Peça para ele construir um Taj Mahal.

10. Rocinha (Rocinha, Rio de Janeiro)
Sempre teve vontade de subir o morro? Com Os Apocalípticos você pode!
Apesar de disponibilizar poucos recursos para conhecer melhor o interior da Rocinha, a visão de cima já lhe dá uma ideia da confusão que a comunidade é. São muitas casas aglomeradas, muita laje, muito pagode e churrasco. Uma festa só!
Mas brincadeiras à parte, a Rocinha é conhecida por ser uma das maiores favelas da cidade. É praticamente outra cidade! Então, vale a pena conhecer antes que o fim do mundo chegue.

11. Torre Eiffel (Torre Eiffel, Paris, França)
Esse clichê não podia faltar! Ir a Paris e não bater uma foto em frente à Torre Eiffel é mais grave do que ir ao Rio de Janeiro e não bater uma foto de braços abertos em frente ao Cristo.
Muito famosa, a torre surgiu no ano de 1889 com 324 metros de altura. Hoje em dia, é um dos lugares mais visitados no mundo.
Olha que legal! Agora você também faz parte dessa estatística!
Aproveite para conhecer a redondeza que é tão bonita quanto toda a Paris.

12. Bellagio Cassino (Bellagio Kasino, Las Vegas, Nevada, Estados Unidos)
Essa é para fechar com chave de ouro. Aqui você pode torrar todo o seu dinheiro e mais um pouco, afinal isso é Vegas, baby! O mundo vai acabar mesmo, então economizar para quê?
O Bellagio Resort e Casino é um lugar onde você encontra de tudo. Têm quartos, loja de compras, cassino, café. Enfim, uma infinidade de coisas. E com o Google Earth você vai ter diversos recursos para apreciar o máximo possível do lugar. Tente de tudo. Case-se!
E lembre-se, o que acontece em Vegas, fica em Vegas... A não ser que o mundo não acabe, então você terá um sério problema com dívidas, divórcio...

 E essa foi mais uma lista de afazeres para antes do fim do mundo. Então, apresse-se porque o dia já está chegando.
Mas caso o mundo não acabe, que tal visitar esses lugares pessoalmente? Oh, você não tem dinheiro? Tudo bem! O Google Earth está aí para isso. Afinal, quem nunca parou só para ficar procurando a sua casa por lá?

Texto de Fábia Sepêda

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

12 séries brasileiras para assistir antes que o mundo acabe

Ilustração Leonidas Dias

Poucos conhecem a produção de séries brasileiras,desde as mais antigas até as mais recentes, uma produção cada vez maior e com mais qualidade, equiparando-se a séries estrangeiras e, por vezes, superando-as.
É claro que o Brasil sempre teve produções boas, mas dificilmente elas chegavam a atingir um grande público. Agora, principalmente pela efetivação da lei que determina cota de conteúdo nacional na programação da TV paga, os canais mais conhecidos de séries (também da TV paga, como Warner Channel, Canal Sony, HBO etc) passam a mostrar, mesmo que obrigados, o que fazemos aqui e não apenas o que fazem lá fora.
Dentro da TV paga, dois canais que estão em destaque na transmissão de séries brasileiras são o Multishow e o HBO. O Multishow é nacional e, felizmente, sempre transmitiu programas daqui, ou seja, não sofreu grandes efeitos da lei; o HBO é estrangeiro e tomou a decisão de adotar as cotas não apenas transmitindo, como produzindo. O canal já tinha feito séries nacionais anteriormente, como “Mandrake” (a primeira brasileira do HBO), “Alice” e “Mulher de Fases”, e parece intensificar essa produção no momento.
É então que chegam ao mercado as novas séries brasileiras para um grande público (embora ainda insuficiente). Elas vão da comédia romântica ao drama, do adolescente ao adulto, de todos para todos. Dentre todas as muitas opções, eis abaixo uma lista das 12 que você não pode deixar de assistir antes que o mundo acabe.

1.           Capitu
Capitu faz parte do grupo de minisséries que têm o fator qualidade, mas falta o fator visibilidade. É uma série muito boa, porém, como todas as minisséries da TV aberta, seu horário de transmissão é pouco favorecido, o que diminui o público alcançado.
Mesmo assim, muitos devem conhecer, pois fez (e faz) bastante sucesso. É uma produção da Rede Globo lançada em 2008, o mesmo ano em que se completou o centenário de morte de Machado de Assis, um dos mais importantes nomes da Literatura brasileira, cuja obra a série se baseia, Dom Casmurro.
Capitu é o nome da personagem feminina mais importante do livro, uma garota/mulher cheia de mistérios e encantos que marcam a história, por isso nada mais justo dar o seu nome à série. Foi escrita por Euclydes Marinhos com colaboração de Daniel Piza, Luís Alberto de Abreu e Edna Palatnik, e direção geral e de núcleo de Luiz Fernando Carvalho, a série tem a penas uma temporada.

2.           Vendemos cadeiras
Vendemos cadeiras é uma série exibida pelo Multishow que tem o humor jovem/geek que tem feito bastante sucesso atualmente. A série se passa, principalmente, na loja de cadeiras “Cadeiras Ferreira”, onde trabalham Fabio Jr. (Gregório Duvivier) e Eliézer (Wagner Santisteban), grandes amigos, quase irmãos, mas bem diferentes na personalidade. Fabio Jr trabalha na loja “Cadeiras Ferreira” e é o filho menosprezado e traumatizado da loja concorrente e Eliézer é um jovem cineasta entusiasmado.
O chefe deles é Mauro (Augusto Madeira), um malandro que só pensa em mulher. Foi por isso mesmo que ele resolveu adotar Diana (Clarice Falcão), uma garota bonita e problemática– de um jeito engraçado-, para tentar conquistar uma mãe solteirona.
É uma produção de 2010, com roteiro de Matheus Souza e Bruno Bloch, de uma temporada.

3.           Adorável Psicose
Adorável Psicose já terminou sua terceira temporada e é uma série de humor/comédia romântica exibida pelo Multishow.
A série surgiu a partir de um blog homônino que contava as experiências vividas por Natalia (a atriz/personagem principal).
A proposta é parecida com “As confissões de Penélope”, estrelada por Eva Wilma em 1969. As histórias têmcomo cenário inicial o consultório da inusitada Dra. Frida (Juliana Guimarães), no qual Natalia conta sua vida e os muitos dilemas que enfrentanos mínimos detalhes.
Um grande ponto da trama são os personagens secundários, como o amigo gay Diogo (Raoni Seixas), a sua melhor amiga Carol (Carol Portes) e o Cara do bigode (Lucas Oradovschi), seu versátil arquiinimigo com quem tem uma relação de amor e ódio.
Adorável Psicose é uma produção da Goritzia Filmes, de 2010, com direção de Guga Chermont e narração de Carlos Seidl.

4.           Morando Sozinho
Sair de casa e até mesmo de sua cidade éuma realidade para muitos jovens brasileiros que vão estudar em capitais. Miguel (Leandro Soares) é um deles. Saiu de Vitória-ES e foi morar sozinho em São Paulo-SP.
A série começou em 2010 e já concluiu 3 temporadas. Mais uma vez, os coadjuvantes têm papel fundamental que só cresce com o tempo. Tem o Dudu (Bryan Ruffo), seu melhor amigo – no videogame e na vida real; Natasha (Gabriela Cerqueira), a namorada do Dudu; Rafinha (Rafael Lozano), o amigo rico, e Arlindo (Maurício de Barros), que assume inúmeras profissões ao longo da série.
É uma produção da Conspiração Filmes e também exibida pelo Multishow. A criação é do próprio protagonizador, Leandro Soares, e tem roteiros de Gabriel Flaksman, Leandro Assis, Molusco, Renato Fagundes e, mais uma vez, do Leandro Soares, que assina a redação final. A direção, por sua vez, é de Pedro Freire (o mesmo do premiadíssimo curta O teu sorriso).

5.           Preamar
Diferentemente das séries anteriores, Preamar é uma série de drama com toques humorísticos co-produzida pela HBO e Pindorama Filmes e lançada neste ano.
Acompanha a vida de João Ricardo Velasco, um rico e bem-sucedido empresário que acaba indo à falência depois de fazer uma aposta errada no mercado financeiro. Ele decide não contar nada para a família, dizendo, que vai tirar um ano sabáticopara “relaxar”. É então que ele começa a passar mais tempo nas praias de sua cidade (Rio de Janeiro) e descobre o potencial financeiro dos negócios que rolam por lá.
A direção é de Estevão Ciavatta, Anna Muylaert, Marcus Baldini, Mini Kerti, Márcia Faria e Lao de Andrade. É o primeiro projeto longo de ficção da produtora Pindorama e é escrito por Patrícia Andrade e William Vorhees.

6.           (fdp)
Que o Brasil é um país marcado pelo futebol todo mundo já sabe, todos conhecem os rostos de jogadores e de técnicos. Mas e o juiz? O famoso fdp do campo, o profissional mais xingado do esporte? É ele o protagonista desta série, com o personagem Juarez Gomes da Silva (Eucir de Souza).
Ele mostra que ser juiz não é fácil. Separado, com um filho que mal pode ver, sem lugar para ficar depois da separação, sofrendo constantes apertos no trabalho, sentindo a pressão das torcidas e tendo que dar dribles para conseguir ascender na carreira, Juarez faz com que pensemos duas vezes antes de xingar um juiz de novo.
Até para aqueles que não são muito fãs de futebol, é uma ótima pedida. Com direção de Kátia Lund, Caito Ortiz, Adriano Civita, Johnny Araújo; e participação especial de várias personalidades do esporte, diante de 13 episódios.

7.           Sessão de Terapia
Sendo versão brasileira da renomadasérie israelense BeTipul, criada e dirigida pelo artista Selton Mello, Sessão de Terapia já tinha tudo para dar certo. E deu!
Estreou em 1º de outubro de 2012 no canal GNT e recentemente terminou sua primeira temporada, com confirmação da segunda.
O esquema da série é bem diferente do qual estamos acostumados: como se fosse sessões reais de terapia, é transmitida nos 5 dias da semana, cada qual com um paciente determinado. A semana começa com Júlia (Maria Fernanda Cândido), a paciente que se apaixonou por Theo (Zécarlos Machado), o próprio terapeuta. Na terça é a vez de Breno(Sérgio Guizé), atirador de elite da Polícia de São Paulo que acidentalmente mata um garoto dafavela com uma bala perdida. Na quarta vem a Nina (Bianca Muller), uma ginástica que quebra o braço num acidente de motoque muito se parece com uma tentativa de suicídio. Quinta é dia do casal Ana (Mariana Lima) e João (André Frateschi), que estão sempre brigando. Por fim, na sexta é a vez do Theo. Com problemas no próprio casamento e carregado de esforços profissionais, ele vai até Dora (Selma Egrei), sua terapeuta.

8.           Quero ser solteira
Mais uma série que veio da internet. Quero ser solteira é uma adaptação para a TV da websérie homônimaque estourou no youtube e, então, foi ao multishow.
A protagonista é Nina, uma jovem estudante de moda que, como Miguel (Morando Sozinho), saiu do interior para a capital (desta vez para o Rio de Janeiro) cursar a faculdade. Ela mora com seu melhor amigo gay, Leozinho, e, diferente da maioria de suas amigas, só quer curtir. Não quer um namorado nem um marido, pelo menos não agora, ela apenas quer ser solteira.
A comédia romântica foi lançada neste semestre e é criada e estrelada por Cláudia Sardinha.

9.           Do amor
Do amor parece ser a história de amor dos sonhos: eles se amam e passam momentosmaravilhosos juntos, a vida de um é a do outro. Mas, na verdade, é a história de amor da realidade. Acompanha os altos e os baixos de toda a relação de Pio (Armando Babaioff) e Lulu (Maria Flor), que se conheceram quase por acaso e logo mergulham numa relação profunda e inebriante, que depois começa a se tornar complicada, como todo relacionamento.
Enquanto isso acompanha também seus amigos, que caracterizam diversos tipos de pessoas e de reações ao amor. A própria Maria Flor foi quem criou a série. Do amor estreou mês passado.

10.        Meu passado me condena
De maneira geral, Todo relacionamento envolve duas pessoase cada pessoa leva consigo uma bagagem. E essa bagagem pesa. É esse o tema básico de Meu passado me condena, que trata dos “ex” de dois recém-casados de forma humorística.
O casal é Fábio Porchat e Miá Mello, que estão hospedados em lua-de-mel. Estão super apaixonados, mas acabam sempre discutindo quando seus relacionamentos passados vêm à tona. É aí que surgem as comparações e eles ainda têm que escutar conselhos dos donos da pousada.
Tati Bernardi surpreende no roteiro, Julia Rezende dirige e quem produz é Mariza Leão. A série é transmitida no Multishow e começou há 2 meses.

11.        Elmiro Miranda Show
Não tem como não rir desse programa. Elmiro Miranda Show é uma comédia que satiriza os programas de auditório sensacionalistas e amadores.
Rafael Queiroga revela seu talento (pouco explorado anteriormente em seus trabalhos na MTV) ao criar a série e incorporar o protagonista Elmiro Miranda, um apresentador egocêntrico e pouco inteligente cujo programa que leva seu nome.
A série acompanha o cotidianodo programa mais improvisado da tv e seus bastidores com uma equipe infantil e pouco profissional. Conta com a presença de comediantes conhecidos como Clarice Falcão, Anna Cotrim, Raoni Seixas e Rodrigo Arruda.
É uma produção original do TBS muitodivertido e estreou há 2 meses.

12.        Destino: São Paulo
Misturando ficção e realidade, essa série que estreou mês passado na, HBO,é uma produção da O2 Filmes que fala sobre a Imigração para o Brasil (inclusive tema do ENEM deste ano).
Conta as histórias dos imigrantes que formam São Paulo. Em cada episódio, foca em uma nacionalidade diferente, a partir do cotidiano de personagens que se renovam a cada história, como a de família de coreanos, na qual o avô de 80 anos tem como último desejo de vida um prato típico de seu país, o boishintang (feito com carne de cachorro), no entanto sua comercialização é proibida no Brasil. O seu jovem neto terá de enfrentar esse dilema.
Na verdade, é uma minissérie com apenas 6 episódios e a próxima temporada já está confirmada. Desta vez, será Destino Rio de Janeiro e estreará em 2013.

E agora?
Com essa lei das cotas, a perspectiva é que o cenário só melhore, pois com o aumento da demanda é provável que haja aumento na produção e com mais produção mais aprendizado para o audiovisual brasileiro e assim, maior ganho de qualidade.
O ano de 2013, por exemplo, chegará com novidades: o canal Sony passará a transmitir duas séries brasileiras (“Tudo que É Sólido Pode Derreter”, da Ioiô Filmes e “Descolados”, da Mixer) e a partir daí, o AXN e o Sony Spin devem começar a transmitir também – já que são do mesmo grupo empresarial.
As estreias esperadas são de séries da HBO Brasil que parecem ser bem interessantes. Dentre elas, “Negócio” (co-produção com a Mixer), onde é contada a história de três garotas de programa que resolvem aplicar técnicas de marketing e administração de empresas no seu trabalho.
O Brasil já conquistou grandes produções de qualidade no âmbito infantil – tanto em séries como, os clássicos Rá-Tim-Bum, Castelo Rá-Tim-Bum e Iha Rá-Tim-Bum, O mundo da lua, Sítio do Picapau Amarelo, dentre outros; quanto com desenhos como Anabel e Meu Amigãozão. Agora está mais do que na hora de mostrar para nós mesmos que podemos conquistar o público jovem e adulto, saindo do grande padrão  estabelecido na TV aberta hoje, com o ritmo rotineiro de novela-reallity show e as minisséries em horários pouco convenientes, sem necessariamente excluir o que há, mas trazer a evolução que ocorre na TV paga para a TV aberta.
Texto de Alice Martins Morais