sábado, 18 de agosto de 2012

Belém, metrópole da sujeira

                                      Foto: Tarcízio Macêdo
                     Se você der uma volta pela cidade de Belém, vai notar facilmente que sofremos com um grave problema: a sujeira nas ruas. Mesmo nos cartões postais da cidade, onde funcionários da Prefeitura passam com certa frequência, acompanhados de suas vassouras e lixeiras, às vezes temos a sensação de que o lixo nas ruas não tem fim.
                     A falta de educação ambiental da própria população de Belém contribui para que as ruas fiquem cada vez mais sujas, causando má impressão aos turistas, aumentando a proliferação de doenças e agravando problemas como alagamentos gerados pelo entupimento do esgoto. Conversamos com algumas pessoas na Praça Dom Pedro II, para saber o que elas pensam sobre o papel do poder público e do cidadão na conservação da cidade.
                     O senhor Antônio Ferreira, que é maranhense - mas visita Belém regularmente - percebe que a conservação da limpeza deixa a desejar, sobretudo, nos bairros mais periféricos. “O povo tem que se conscientizar em limpar a própria cidade, ter aquele prestígio em manter o ambiente limpo.”
                     O casal Raimundo Ferreira e Euzilene de Oliveira, que passeava pela praça com a filha pequena ressaltou a importância da conscientização das pessoas em ajudar o poder público a manter a limpeza. “Evito sujar a cidade para que a minha filha não venha a morar no meio de um monte de lixo. Às vezes a gente fala que o prefeito deve limpar a cidade. Ele tem que fazer a parte dele, mas nós também temos que fazer a nossa”, opina Euzilene. Preocupado também com o futuro da cidade onde a filha irá morar, Raimundo diz: “Quero dar educação pra minha filha, para que quando ela crescer não chegue a jogar lixo nas ruas”.
                     Paulo Oliveira é gari da Prefeitura de Belém na praça. Ele diz que a cidade tem áreas limpas, principalmente nos bairros centrais, mas outros lugares são muito sujos. Ao ser indagado se a iniciativa maior deve partir do cidadão ou do poder público, ele diz: “O povo tem que ter mais educação. A prefeitura faz a parte dela, mas o povo não tem consciência. É claro que não são todos que jogam lixo e que esta praça não tem lixeiras bem conservadas, mas em outros lugares onde as lixeiras são boas, muitos são incapazes de usá-las”.
                    Ao andar pela praça, encontramos o jovem Carlos Eduardo Almeida, que apesar da falta de lixeiras em bom estado, procurou depositar o lixo no local adequado. Ele considera que é um dever do próprio morador cuidar da sua cidade. “Isso não cabe só à Prefeitura, deve haver consciência da população também”, diz.                                      
                                     Foto: Tarcízio Macêdo
 Assim como Carlos Eduardo, faça sua parte também

                  Ainda que de forma deficiente, o poder público trabalha na coleta de lixo e entulho nas vias públicas de Belém. Porém, a população tem grande responsabilidade de organizar os próprios hábitos. Cabe a cada um de nós, moradores ou visitantes de Belém, jogar lixo nos locais adequados, respeitar os dias e horários de coleta de lixo e evitar ao máximo a produção de sujeira. Se cada um de nós contribuir, poderemos um dia ver Belém mais limpa, cheirosa e agradável de habitar.

                                                                                                                            Texto de Jobson Murilo
                            Equipe                                
George Luiz.
Tarcízio Macêdo.
Revisão: Sérgio Ferreira.
Edição: Emanuele Corrêa.

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